SP gasta mais R$ 1 bi com esgoto no Tietê
Projeto de despoluição deve consumir mais de R$ 11 bilhões até 2020, diz governo-16 de março de 2013 | 2h 04
MÔNICA REOLOM - O Estado de S.Paulo
O governo de São Paulo conseguiu mais R$ 1,35 bilhão para despoluir o Rio Tietê. Em evento no Palácio dos Bandeirantes na tarde de ontem, o governador Geraldo Alckmin se reuniu com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, para oficializar financiamento do banco ao Projeto Tietê.
O objetivo da despoluição até 2020 foi mantido pela presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, também presente na cerimônia. Desde o surgimento do programa, em 1992, mais de R$ 3,2 bi foram gastos na limpeza do Tietê.
O aporte de dinheiro pelo BNDES, aprovado em janeiro deste ano, será usado para cobrir o contrato da Sabesp com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ainda servirá para cumprir as metas da atual etapa do projeto, que até 2014 visa a totalizar a cobertura de coleta e tratamento de esgoto no interior de São Paulo. Todas as 28 cidades operadas pela Sabesp devem ter 100% de esgoto coletado e tratado até 2020.
A meta é otimista, considerando que menos de 30% dos 176 municípios que fazem parte da Bacia do Tietê têm sistema de coleta e tratamento total de esgoto (os dados foram divulgados em setembro de 2012 pala Cetesb).
A presidente da Sabesp, no entanto, afirmou que é possível ter um rio limpo no prazo estipulado. "Em 2020, o Tietê estará despoluído, mas ainda sem água potável. Já em 2025 teremos uma fauna aquática diversificada."
A perspectiva do governador Geraldo Alckmin é que em 2015 barcos de turismo circulem nas águas, a exemplo do Rio Sena, em Paris. Até 2020, segundo a Sabesp, mais de R$ 11 bilhões serão gastos no Projeto Tietê, que ingressará na quarta e última fase em 2015.
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