Alckmin quer usar água do rio Paraíba para abastecer São Paulo
cláudio vieira
Redação
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pretende usar a água do rio Paraíba para abastecer a região metropolitana de São Paulo, que corre risco de racionamento devido ao baixo nível dos reservatórios do sistema Cantareira, o menor registrado desde que entrou em oepração há mais de 20 anos.
O rio Paraíba abastece todo a região do Vale do Paraíba e cidades do estado do Rio de Janeiro. São cerca de 5 mihões de pessoas no trecho paulista e 10 milhões no trecho fluminense abastecidos pela águas do Paraíba.
Como o Paraíba é um rio federal, Alckmin foi a Brasília nesta terça-feira pedir permissão à presidente Dilma Rousseff (PT) para fazer a transposição das águas.
O encontro no Palácio do Planalto começou por volta das 15h30 e contou com a participação da ministro do Meio AMbiente, Izabela Ribeiro, da presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Dilma Pena, e representantes da ANA (Agência Nacional de Águas.
Estudo do Estado aponta que com a transposição garantiria o abastecimento na região metropolitana pelo menos até novembro --evitando racionamento de água e rodízio antes das eleições estaduais.
Conforme a Folha de S.Paulo revelou ontem, a presidente Dilma Rousseff orientou ministros a não usar o risco de racionamento de água em São Paulo para fustigar o tucano.
Conforme a Folha de S.Paulo revelou ontem, a presidente Dilma Rousseff orientou ministros a não usar o risco de racionamento de água em São Paulo para fustigar o tucano.
Com a transposição das águas do Paraíba para o sistema Cantareira, tanto Dilma quanto Alckmin ganhariam. Alckimin porque evitaria racionamento e rodizio antes das eleições e Dilma porque estaria ajudando São Paulo a superar a crise.
No entanto, a 'crise da água' já foi usada por Alexandre Padilha (PT), Gilberto Kassab (PSD) e Paulo Skaf (PMDB) para criticar o governo Alckmin, acusando-o de falta de planejamento.
Abastecimento.O sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, está operando com apenas 14,9% de seu volume em razão da escassez de chuvas, o nível mais baixo já registrado ao longo de sua história.
Para evitar decretar racionamento em regiões do Estado, o governo realiza obras para usar o chamado volume morto, uma reserva de 400 bilhões de litros de água que precisa ser bombeada para ser usada.
O grupo de trabalho que acompanha a situação emitiu comunicado ontem informando que, apesar do aumento das chuvas nas últimas semanas, a retirada de água do manancial continua sendo superior à quantidade que o sistema está recebendo.
O grupo é formado atualmente pela ANA (Agência Nacional de Águas), DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário