Estado planeja levar água da bacia do Paraíba à Grande SP
Menino da comunidade Beira-Rio, em São José, mostra peixe pescado no Paraíba. Foto: Pedro Ivo Prates
Governador antecipa projeto de seis anos alegando necessidade de Estado agir preventivamente em relação às mudanças climáticas; promessa da Sabesp é não retirar água diretamente do rio Paraíba
Xandu AlvesSão José dos Campos - Atualizada às 9h23
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) vai tirar água da represa de Jaguari, que faz parte da bacia do rio Paraíba do Sul e abastece a região, para reforçar o Sistema Cantareira, responsável por levar água para a Grande São Paulo.
Antecipado em seis anos, o projeto prevê uma interligação entre as represas Jaguari, que fica nos municípios de Jacareí, São José e Igaratá, e Atibainha, em Nazaré Paulista, para evitar desabastecimento na capital.
O Sistema Cantareira enfrenta a maior seca dos últimos 80 anos, com 14,9% da capacidade total. Ele é responsável por abastecer cerca de 9 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo.
Em entrevista exclusiva a O VALE, Alckmin garantiu que não irá tirar água diretamente do rio Paraíba do Sul, medida proposta há cerca de cinco anos e criticada por ambientalistas, políticos e prefeitos da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.
“Não estamos tirando nada do rio Paraíba, mas interligando duas represas para ter maior segurança hídrica”, afirmou o tucano.
E completou: “Não tiraremos água direta do rio. Não vamos mexer com o rio. É com os reservatórios de Jaguari, que é do Estado, e o de Atibainha. É uma interligação com regras”.
Obra.Segundo ele, o projeto demandaria dois anos para sair do papel e custaria R$ 500 milhões para construir ligação de 15 quilômetros, incluindo túneis, entre os dois reservatórios, às margens da rodovia Dom Pedro.
O governador esteve na última terça-feira em Brasília para tratar do assunto com a presidente Dilma Rousseff (PT), o Ministério do Meio Ambiente e com a direção da ANA (Agência Nacional de Águas).
O órgão precisa ser consultado por ser o Paraíba um rio federal, que atende 184 cidades em três Estados --São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Cerca de 15 milhões de pessoas bebem água retirada do rio, sendo 10 milhões no Rio de Janeiro e 5 milhões em São Paulo e Minas, que praticamente apenas cede água ao rio ao invés de retirar.
Das 39 cidades da RMVale, oito tiram água do Rio Paraíba para consumo humano. Outras a usam nos setores industrial e agrícola.
Nesse contexto, entidades ligadas ao rio criticaram a proposta do Estado, que seria tecnicamente falha.
Enchentes.
Alckmin defendeu a proposta, garantiu que o governo terá transparência na discussão com a região e antecipou que o projeto pode até evitar enchentes na RMVale, além de oferecer ajuda financeira aos municípios para tratamento de esgoto.
Segundo ele, o bombeamento de água entre as duas represas funcionaria em “mão dupla” e só ocorreria em duas condições: quando sobrar ou faltar água em uma das duas represas.
“Se sobrar água no Rio Paraíba, ao invés de enchentes nas cidades do Vale, guardaríamos água e bombearíamos para o Sistema Cantareira. Vale o inverso”, afirmou.
Estudo.
O governo federal determinou à ANA que analise a captação de água da bacia do rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira e estude a viabilidade da proposta feito por Alckmin, que nega impacto na RMVale e no Rio de Janeiro.
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) vai tirar água da represa de Jaguari, que faz parte da bacia do rio Paraíba do Sul e abastece a região, para reforçar o Sistema Cantareira, responsável por levar água para a Grande São Paulo.
Antecipado em seis anos, o projeto prevê uma interligação entre as represas Jaguari, que fica nos municípios de Jacareí, São José e Igaratá, e Atibainha, em Nazaré Paulista, para evitar desabastecimento na capital.
O Sistema Cantareira enfrenta a maior seca dos últimos 80 anos, com 14,9% da capacidade total. Ele é responsável por abastecer cerca de 9 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo.
Em entrevista exclusiva a O VALE, Alckmin garantiu que não irá tirar água diretamente do rio Paraíba do Sul, medida proposta há cerca de cinco anos e criticada por ambientalistas, políticos e prefeitos da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.
“Não estamos tirando nada do rio Paraíba, mas interligando duas represas para ter maior segurança hídrica”, afirmou o tucano.
E completou: “Não tiraremos água direta do rio. Não vamos mexer com o rio. É com os reservatórios de Jaguari, que é do Estado, e o de Atibainha. É uma interligação com regras”.
Obra.Segundo ele, o projeto demandaria dois anos para sair do papel e custaria R$ 500 milhões para construir ligação de 15 quilômetros, incluindo túneis, entre os dois reservatórios, às margens da rodovia Dom Pedro.
O governador esteve na última terça-feira em Brasília para tratar do assunto com a presidente Dilma Rousseff (PT), o Ministério do Meio Ambiente e com a direção da ANA (Agência Nacional de Águas).
O órgão precisa ser consultado por ser o Paraíba um rio federal, que atende 184 cidades em três Estados --São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Cerca de 15 milhões de pessoas bebem água retirada do rio, sendo 10 milhões no Rio de Janeiro e 5 milhões em São Paulo e Minas, que praticamente apenas cede água ao rio ao invés de retirar.
Das 39 cidades da RMVale, oito tiram água do Rio Paraíba para consumo humano. Outras a usam nos setores industrial e agrícola.
Nesse contexto, entidades ligadas ao rio criticaram a proposta do Estado, que seria tecnicamente falha.
Enchentes.
Alckmin defendeu a proposta, garantiu que o governo terá transparência na discussão com a região e antecipou que o projeto pode até evitar enchentes na RMVale, além de oferecer ajuda financeira aos municípios para tratamento de esgoto.
Segundo ele, o bombeamento de água entre as duas represas funcionaria em “mão dupla” e só ocorreria em duas condições: quando sobrar ou faltar água em uma das duas represas.
“Se sobrar água no Rio Paraíba, ao invés de enchentes nas cidades do Vale, guardaríamos água e bombearíamos para o Sistema Cantareira. Vale o inverso”, afirmou.
Estudo.
O governo federal determinou à ANA que analise a captação de água da bacia do rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira e estude a viabilidade da proposta feito por Alckmin, que nega impacto na RMVale e no Rio de Janeiro.
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