terça-feira, 21 de maio de 2013

TJ SEPULTA MUDANÇA NA LEI ORGANICA DE SÃO JOSE DOS CAMPOS

TJ sepulta mudança na Lei Orgânica de São José

Ação foi movida pelo Sindicato dos Químicos da Região, a pedido de ambientalistas; não cabe mais nenhum recurso contra o julgamento
CHICO PEREIRA
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo divulgou na última sexta-feira que transitou em julgado a decisão da Corte que derrubou a lei que abria brecha para a retomada da exploração de areia em São José dos Campos.
Com o arquivamento do processo, passa a vigorar a redação original da Lei Orgânica do Município que proíbe essa atividade em São José.
No final do ano passado, o Tribunal de Justiça julgou procedente a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) ajuizada contra a lei que abria brecha para retomada da exploração de areia na cidade.
A Adin barrou os efeitos de uma mudança na Lei Orgânica aprovada por unanimidade em 2001 --à ocasião, os vereadores retiraram da lei texto com veto explícito à extração da areia.
A ação foi impetrada no final de 2011 pelo Sindicato dos Químicos da Região, a pedido de ambientalistas.
O sindicato suspeitou de irregularidade no processo de votação da lei.
Por ser mudança na Lei Orgânica, deveriam ter sido realizadas duas votações--só uma foi feita pelos vereadores.
O sindicato também questiona que a liberação da extração de areia fere lei estadual que garante a proteção das várzeas do rio Paraíba do Sul.

Repercussão.
A presidente da Câmara, Amélia Naomi (PT), afirmou que a decisão do TJ é uma vitória para acidade.
"Sempre fomos contra a exploração de areia em São José", disse a parlamentar.
A prefeitura informou, em nota, que a decisão da Corte é "irrecorrível".
A Secretaria de Assuntos Jurídicos informou que pelas normas vigentes "é irrecorrível a declaração de inconstitucionalidade proferida pelo Tribunal competente".
Wellington Cabral, diretor do Sindicato dos Químicos, afirmou que a entidade "cumpriu o seu papel enquanto representante de um segmento da comunidade". "O sindicato tem que participar da vida da comunidade", disse.

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