terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO PARAÍBA.




Rio de Janeiro teme perda de água do Paraíba do Sul
 
O governo de São Paulo estuda aumentar a captação de água de afluentes do rio nas próximas duas décadas

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão ambiental fluminense, vai encaminhar, nos próximos dias, ofícios à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao governo paulista propondo discussão pública sobre os planos de São Paulo para o abastecimento de água nos próximos 20 anos. O estado pôs fim a uma série de estudos técnicos sobre o tema. De dez arranjos propostos, cinco reduziram a vazão do Rio Paraíba do Sul, que fornece água a 70% da população do Rio de Janeiro. Três deles estão entre os mais bem avaliados pelo governo paulista, nos critérios financeiro, ambiental e energético.

Marilene Ramos, presidente do Inea, diz que o assunto tem de ser tratado pela ANA e pelo Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP), que inclui a União e os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Há um decreto dos anos 1970 que estabelece as vazões do Paraíba do Sul para abastecimento de água e geração de energia. São Paulo, hoje, entende poder decidir sozinho sobre captação de água de afluentes do rio. Mas qualquer mudança na vazão do Paraíba do Sul afetaria o Rio”, alerta. Num dos cenários, seriam retirados 8,22m³/segundo de água. É muito, destaca Marilene, quase 5% da vazão mínima do rio. As intervenções em São Paulo passariam por três corpos de água na Bacia do Paraíba no estado: a Represa Paraibuna, o reservatório do Rio Jaguari e o próprio Paraíba do Sul. No melhor arranjo, a captação seria de 1,45m³/segundo.

93% DO ABASTECIMENTO

É quanto o Paraíba do Sul representa do fornecimento de água para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O sistema Guandu recebe, em Barra do Piraí, dois terços da vazão do rio. De 25 a 29, o Inea fará consultas públicas sobre o caso.

Fonte: Jornal O Globo, 12 de novembro de 2013

12/11/2013
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