quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A RM E A DENGUE

RMVale lidera ranking de casos de dengue no Estado

Dengue Thiago Leon
Apesar de redução de mais de 50% em dois anos, Vale ainda corre risco de epidemia, principalmente em cidades menores
Letícia Faria
Taubaté

A RMVale foi a região do Estado que mais registrou casos de dengue em 2012.
Mesmo com uma redução na comparação com 2011, a doença permanece como uma ‘vilã adormecida’.
A Secretaria de Saúde do Estado destacou que houve uma queda de 54% nos casos neste ano na região --de 14.428 em 2011 para 6.528 em 2012.
Apesar da diminuição, o diretor técnico da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), Antonio Henrique Gomes, afirmou que a região deve continuar alerta.
“É a região hoje que ainda tem o maior número de casos do Estado. É uma situação que preocupa e que pode apresentar problemas porque temos uma parte da população muito grande que é suscetível”, afirmou.
Em 2012, as cidades que tiveram mais casos registrados foram Guaratinguetá, com 2.816 pessoas infectadas, Potim com 1.661 casos e Cruzeiro com 1.099 -- até 13 de dezembro.
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Alerta. A preocupação principal do governo estadual é com relação à transição de governos nas cidades e como a prevenção à dengue será trabalhada no verão.
“Em grande parte dos municípios vai haver troca de gestores. Temos trabalhado no sentido de que essa troca não interfira nas equipes de controle de vetores que já estão capacitadas.”
“Se o novo gestor fizer a troca da equipe num período de transmissão pode trazer transtornos para a população”, disse.
O governo do Estado está programando reuniões com os novos prefeitos para alerta-los desse cuidado.
Outro alerta já conhecido é para o cuidado da proliferação da doença no verão.
As férias também levam a uma mobilidade das pessoas, o que faz com que o vírus se espalhe rapidamente, sendo difícil identificar sua origem.
“A circulação do vírus nesse período é muito maior que os períodos normais”, afirmou.

Cuidados. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Taubaté, Stella Zollner, ressaltou que o trabalho não deve parar nunca.
“Não é porque abaixou o número de casos que devemos descansar, de maneira alguma, nós temos que trabalhar muito, todos os dias, inclusive no período de festas”.
“Os casos de dengue ocorrem maciçamente entre março e abril. É agora em janeiro e fevereiro que vamos plantar o que vamos colher”, lembrou Stella Zollner.
Ela reforçou que os órgãos públicos contam sempre com o apoio da população, tanto no cuidado com água parada quanto ao procurar um médico caso suspeite da infecção.

Taubaté

Estudantes de Engenharia da Computação da Unitau (Universidade de Taubaté) trabalham na criação de um mapa digital da dengue em Taubaté.
Eles pretendem criar um sistema que identifique os focos e casos registrados de dengue, além das regiões da cidade que contam com mais casos.
As informações poderão ser atualizadas em tempo real pelas equipes da Vigilância Epidemiológica da cidade.
"O monitoramento vai ser feito a partir dos dados que os agentes de saúde vão coletar nos bairros”, disse o universitário Diego Vilela, 21anos.

Ações. A primeira fase do projeto é a criação de um website deve ser concluída até abril.
Já a segunda fase, que é a substituição do papel por tablets no momento das coletas dos dados, deve ser feita até novembro.

 

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