segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

CONTROLE PARA EVITAR QUEDAS DE ÁRVORES

Piracicaba realiza controle para evitar quedas de árvores

iG Paulista - 30/01/2015 - 10h07 | 
Eleni Destro/ Especial para AAN |
Ano passado, a famosa sapucaia da rua Moraes Barros passou por ultrassonografia para atestar sua saúde
Foto: Justino Lucente
Ano passado, a famosa sapucaia da rua Moraes Barros passou por ultrassonografia para atestar sua saúde
O volume de chuvas não tem sido suficiente para encher os reservatórios, mas os temporais, quando chegam, vêm acompanhados de vento forte. Depois deles, os estragos são muitos, um deles é a queda de árvores. De acordo com a Sedema (Secretaria de Defesa do Meio Ambiente), entre dezembro e janeiro, 90 árvores caíram no município.
 
Para evitar essas quedas, desde 2005 a secretaria intensificou o trabalho de monitoramento. A ação foi motivada depois que 2.300 árvores caíram, naqule ano, após chuva e vendaval. De acordo com informações da secretaria, muitas vezes é necessário suprimir as condenadas, decisão que não é tomada de forma aleatória, mas sim com base na Lei de Arborização, que exige a preservação de toda árvore que demonstre vigor e equilíbrio.

Para essa avaliação, o técnico vai ao local e faz a análise empírica, que consiste em observar as condições fitossanitárias, se há doenças externas, cupins ou fungos na raiz. A presença de cupim é sintoma de que a árvore, ou parte dela, está podre. 
Se não for identificado qualquer problema a olho nu, a análise é feita via ultrassonografia para observar as condições internas da árvore. A famosa sapucaia, localizada no cruzamento entre a rua Moraes Barros e avenida Independência, passou pelo processo. A ultrassonografia, de acordo com a Sedema, é uma ferramenta de auxílio quando os sintomas não estão evidentes, como a necrose de um caule, que pode ser apenas superficial ou profunda.

Além dos pedidos de poda e monitoramento feitos por meio do telefone 156, todas as equipes da Sedema que trabalham na rua, seja no serviço de poda - por mês são feitas de 1.200 a 1.300 podas -, na fiscalização, no corte de mato, ou o próprio Pelotão Ambiental, estão habilitadas para observar eventuais árvores que apresentem sintomas que possam causar sua queda. “Levantados os casos, o técnico vai ao local e certifica. Se for confirmada a necessidade de corte, o serviço é executado por meio de uma ordem interna”, informa a secretaria. O monitoramento é ainda mais intenso em espaços públicos, onde há grande circulação de pessoas, como no Engenho Central.

NOVA PIRACICABA
 
Piracicaba tem o privilégio de ser uma cidade bastante arborizada, mas muitas dessas árvores não são ideais para a arborização urbana e precisam ser substituídas. Segundo a Sedema, o bairro Nova Piracicaba exemplifica essa situação, com tipuanas que datam dos anos 1970. Suscetível a cupins, a tipuana tem um ciclo de vida relativamente curto. As do bairro citado foram plantadas ainda na década de 1970 e são consideradas árvores velhas. Dessa forma, a Sedema, em parceria com a Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), faz o levantamento das condições de cada uma delas para uma ação preventiva de substituição gradual. A Sedema segue uma lista com cerca de 40 espécies indicadas para a arborização urbana.

Para fazer o pedido de análise, é preciso ligar para a Sedema, que abre um processo. Em média, são abertos dois processos por dia, o que corresponde a cerca de 400 por ano. Desse total, cerca de 60% são deferidos e realizados os cortes. Por ano, são cortadas e substituídas cerca de 240 árvores, segundo a pasta.

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