quinta-feira, 24 de maio de 2012

O CUSTO DO LIXO

SP gasta R$ 56 milhões por ano para tirar lixo de córregos

Grande parte do lixo vai parar nos rios Pinheiros e Tietê.
Em Osasco, campanha tenta conscientizar a população.

Do G1 SP
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A Prefeitura de São Paulo gasta R$ 56 milhões por ano para tirar o lixo dos córregos. Além do valor em reais, o meio ambiente também paga o preço da sujeira jogada pela população nas águas da cidade. Grande parte do lixo vai parar dentro dos rios Pinheiros e Tietê, como mostrou o SPTV desta terça-feira (22).
Em Osasco, a Prefeitura faz campanha chamando a atenção para o problema. Colocou placa com a frase “Rio não é lata de lixo” e expôs vários tipos de lixo encontrados no rio e córrego: lata, garrafa pet, peças de automóvel, pneu. Entretanto, muita gente não aprendeu e continua poluindo as águas da cidade.
Na Vila Gustavo, Zona Norte da capital, no encontro das ruas Ananatuba com Major Dantas Cortez, surgiu a esquina do lixo. A equipe de reportagem do São Paulo mais limpa encontrou resto de móveis e muito entulho. À noite, o lixo foi queimado. “Vivo com balde na mão e cheio d’água para apagar o fogo, porque não suporto o cheiro do lixo queimado. Arde o nariz, a gente não pode por roupa no varal”, diz a aposentada Bernardina Maria da Silva.
Também na Zona Norte, no bairro Jardim Vista Alegre, região da Brasilândia, a comunidade diz que a Prefeitura faz a coleta de lixo dia sim, dia não. Toda semana também tem a Operação Cata-Bagulho. O problema é que um dia está limpo e no outro sujo.
“É como se fosse lavar louça. Quando a mulher vai lavar louça e deixa o arroz cair na pia, entope. Se joga lixo onde tem que passar água, também vai entupir. E vai causar enchentes”, fala o educador Eduardo Santos.
Segundo o assessor de obras e serviços de Prefeitura Marcelo Bruni, quatro dias de limpeza custam cerca de R$ 10 mil. “O pessoal considera um problema da Prefeitura. Joga lá que a Prefeitura tira. Esse é o raciocínio que só alimenta o problema.”
Além do dinheiro gasto, o córrego sujo também faz mal para a saúde da população. “Eu vejo crianças brincando dentro do córrego. Para a saúde, para a evolução, para o desenvolvimento da criança isso é péssimo. A gente faz o trabalho de prevenção, de orientação da criança, mas acontece que você trabalha hoje e amanhã ele vê o pai fazendo”, comenta a professora Ana Paula Vilas Verdes.

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