Cidades devem redescobrir vocações, afirma especialista
Filipe Manoukian
São José dos Campos
O futuro sustentável das cidades está associado a uma redescoberta das vocações econômicas, à melhoria dos serviços públicos existentes e à busca incansável por maior transparência nos gastos e na gestão pública.
A tese é defendida pelo economista Ladislau Dowbor, professor na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, que estará em São José dos Campos na próxima quinta-feira durante o lançamento da plataforma Cidades Sustentáveis, a partir das 19h no Sesc, com entrada gratuita.
“O mundo está se urbanizando. Só no Brasil temos 85% de população urbana. A gestão hoje tem que estar voltada para as cidades, porque mesmo a parte rural tem sua dinâmica ditada pelas cidades, pelos interesses urbanos”, disse.
“Voltar a atenção às cidades”, segundo o professor, abrange três temas principais, que são defendidos pelo programa Cidades Sustentáveis.
Foco. “Os eixos centrais de atividade econômica estão se deslocando. Tradicionalmente, esperava-se que as indústrias oferecessem empregos. Hoje, há um deslocamento dos empregos para as áreas sociais, da saúde, da educação, da cultura”, afirmou Dowbor.
“As cidades precisam enxergar suas potencialidades subutilizadas. Sapato, você pode fazer na China e despachar por contêineres para o Brasil. Saúde não se despacha. E esses setores que estão crescendo na geração de emprego se casam com centralidade da cidade”, emendou o professor.
Dowbor afirma também que é vital aos gestores públicos foco na qualidade dos serviços públicos.
“Nós, no Brasil, nos urbanizamos de maneira muito acelerada. Tínhamos dois terços de população rural nos anos 50. Nesse ritmo de urbanização, com o êxodo rural, não foi possível alcançar patamares bons de saúde, educação, habitação, temos sistemas precários de saneamento básico.”
“Hoje, as cidades param de pensar em crescer e devem pensar na qualidade. Isso depende de um conjunto de iniciativas”, apontou.
Como terceiro tema vital para a construção das cidades do futuro, Dowbor destaca o acompanhamento da gestão e dos gastos públicos por parte da sociedade.
“Temos a evolução dos sistemas de conhecimento, o acesso universalizado da banda larga na cidade. Isso tem impacto na modernização, permite maior transparência na gestão pública”, disse.
Compromisso. No lançamento da plataforma Cidades Sustentáveis, Dowbor falará sobre a importância desses temas no futuro de São José.
Desenvolvida por diversos segmentos da sociedade, o Cidades Sustentáveis estabelece diretrizes e indicadores para auxiliar os gestores públicos na aplicação de políticas que garantam maior qualidade de vida aos que vivem na cidade.
O programa é encabeçado pela Rede Nossa São Paulo e pelo Instituto Ethos, com parcerias junto ao Greenpeace, OAB, WWF, Sesc e Unicef.
Além de propor uma discussão, a plataforma tem como objetivo neste ano buscar um compromisso junto aos pré-candidatos a prefeito nas principais cidades do país para que eles baseiem seus quatro anos de mandato num programa de governo sustentável.
Em São José, os prefeituráveis foram convidados a participar do lançamento do programa, oportunidade na qual poderão se comprometer com os eixos da plataforma.
Carlinhos Almeida (PT), Antônio Alwan (PSB) e Cristiano Pinto Ferreira (PV) já se comprometeram com o programa.
Sem pré-candidato definido, o PSDB afirmou que acompanhará o lançamento, assim como o PSTU. Alexandre da Farmácia (PP) e Fabrício Correia (PSDC) não confirmaram presença até ontem.
São José dos Campos
O futuro sustentável das cidades está associado a uma redescoberta das vocações econômicas, à melhoria dos serviços públicos existentes e à busca incansável por maior transparência nos gastos e na gestão pública.
A tese é defendida pelo economista Ladislau Dowbor, professor na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, que estará em São José dos Campos na próxima quinta-feira durante o lançamento da plataforma Cidades Sustentáveis, a partir das 19h no Sesc, com entrada gratuita.
“O mundo está se urbanizando. Só no Brasil temos 85% de população urbana. A gestão hoje tem que estar voltada para as cidades, porque mesmo a parte rural tem sua dinâmica ditada pelas cidades, pelos interesses urbanos”, disse.
“Voltar a atenção às cidades”, segundo o professor, abrange três temas principais, que são defendidos pelo programa Cidades Sustentáveis.
Foco. “Os eixos centrais de atividade econômica estão se deslocando. Tradicionalmente, esperava-se que as indústrias oferecessem empregos. Hoje, há um deslocamento dos empregos para as áreas sociais, da saúde, da educação, da cultura”, afirmou Dowbor.
“As cidades precisam enxergar suas potencialidades subutilizadas. Sapato, você pode fazer na China e despachar por contêineres para o Brasil. Saúde não se despacha. E esses setores que estão crescendo na geração de emprego se casam com centralidade da cidade”, emendou o professor.
Dowbor afirma também que é vital aos gestores públicos foco na qualidade dos serviços públicos.
“Nós, no Brasil, nos urbanizamos de maneira muito acelerada. Tínhamos dois terços de população rural nos anos 50. Nesse ritmo de urbanização, com o êxodo rural, não foi possível alcançar patamares bons de saúde, educação, habitação, temos sistemas precários de saneamento básico.”
“Hoje, as cidades param de pensar em crescer e devem pensar na qualidade. Isso depende de um conjunto de iniciativas”, apontou.
Como terceiro tema vital para a construção das cidades do futuro, Dowbor destaca o acompanhamento da gestão e dos gastos públicos por parte da sociedade.
“Temos a evolução dos sistemas de conhecimento, o acesso universalizado da banda larga na cidade. Isso tem impacto na modernização, permite maior transparência na gestão pública”, disse.
Compromisso. No lançamento da plataforma Cidades Sustentáveis, Dowbor falará sobre a importância desses temas no futuro de São José.
Desenvolvida por diversos segmentos da sociedade, o Cidades Sustentáveis estabelece diretrizes e indicadores para auxiliar os gestores públicos na aplicação de políticas que garantam maior qualidade de vida aos que vivem na cidade.
O programa é encabeçado pela Rede Nossa São Paulo e pelo Instituto Ethos, com parcerias junto ao Greenpeace, OAB, WWF, Sesc e Unicef.
Além de propor uma discussão, a plataforma tem como objetivo neste ano buscar um compromisso junto aos pré-candidatos a prefeito nas principais cidades do país para que eles baseiem seus quatro anos de mandato num programa de governo sustentável.
Em São José, os prefeituráveis foram convidados a participar do lançamento do programa, oportunidade na qual poderão se comprometer com os eixos da plataforma.
Carlinhos Almeida (PT), Antônio Alwan (PSB) e Cristiano Pinto Ferreira (PV) já se comprometeram com o programa.
Sem pré-candidato definido, o PSDB afirmou que acompanhará o lançamento, assim como o PSTU. Alexandre da Farmácia (PP) e Fabrício Correia (PSDC) não confirmaram presença até ontem.
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