Cobrança de pedágio em praia gera polêmica
Vista aérea da praia de Castelhanos, a maior de Ilhabela_Foto: Flavio Pereira
Proposta da Fundação Florestal prevê taxa de R$ 80 para carros, R$ 40 para motos e R$ 10 para pedestres; prefeito teme prejuízos ao turismo
Ilhabela
A possível cobrança de pedágio na estrada que dá acesso à praia e à vila de Castelhanos, em Ilhabela, está gerando polêmica
A medida foi apresentada pela Fundação Florestal, órgão estadual ligado à Secretaria do Meio Ambiente, que pretende cobrar os valores de R$ 80 para veículos, R$ 40 para motos e R$ 10 para pedestres que acessarem o Parque Estadual de Ilhabela.
A proposta prevê ainda a isenção de pagamento aos moradores da vila e desconto de 70% aos munícipes de outras regiões da cidade.
O projeto, no entanto, está sendo contestado pelo prefeito Antonio Colucci (PPS). De acordo com ele, a medida é uma forma de ‘elitizar’ o turismo no local. “A prefeitura é contrária a essa cobrança exagerada, até porque esse valor não garante a manutenção da estrada, que continuará sob a responsabilidade do estado e do município”, conta. Segundo ele, a taxa vai servir para contratação de empresa que vai monitorar o acesso à via.
Acesso.Após o feriado de 15 de novembro, quando houve um grande fluxo de visitações à praia, localizada no extremo leste do município, a prefeitura tomou a decisão de limitar o acesso para garantir a preservação do lugar. A partir de agora, apenas 60 veículos, 60 jipes e 60 motos têm permissão para acessar à região por dia.
“Eles argumentam que se trata de uma taxa de visitação do Parque, mas 99% das pessoas que acessam a estrada vão à praia de Castelhanos e não ao parque”. “Nossa preocupação é que os altos valores cobrados afugentem os turistas”.
Alternativa.Para o prefeito de Ilhabela, a solução está na concessão do parque para o município, que passaria a ter controle da estrada. “Se a Fundação tem dificuldade de administrar, a prefeitura pode fazer isso, eu me responsabilizo. Quero a municipalização da estrada”, enfatiza Colucci.
O prefeito não descarta a cobrança de um pedágio no caso de municipalização. “Acho justo cobrar o acesso, porque o custo para manter a estrada é alto, dá trabalho cuidar dos cascalhos, mas o valor deve ficar na média do que é cobrado pela Dutra e Carvalho Pinto, entre R$ 5 e R$8”.
Para o prefeito, a medida é, inclusive, inconstitucional.
“O que existe lá é uma Unidade de Conservação, não é um Parque, como podem cobrar esse valor desproporcional, é incoerente”, afirma. “Vou lutar contra essa cobrança, acredito que o governador Geraldo Alckmin não vai permitir esse abuso, mas se for preciso vou entrar na justiça para impedir essa cobrança”.
A medida foi apresentada pela Fundação Florestal, órgão estadual ligado à Secretaria do Meio Ambiente, que pretende cobrar os valores de R$ 80 para veículos, R$ 40 para motos e R$ 10 para pedestres que acessarem o Parque Estadual de Ilhabela.
A proposta prevê ainda a isenção de pagamento aos moradores da vila e desconto de 70% aos munícipes de outras regiões da cidade.
O projeto, no entanto, está sendo contestado pelo prefeito Antonio Colucci (PPS). De acordo com ele, a medida é uma forma de ‘elitizar’ o turismo no local. “A prefeitura é contrária a essa cobrança exagerada, até porque esse valor não garante a manutenção da estrada, que continuará sob a responsabilidade do estado e do município”, conta. Segundo ele, a taxa vai servir para contratação de empresa que vai monitorar o acesso à via.
Acesso.Após o feriado de 15 de novembro, quando houve um grande fluxo de visitações à praia, localizada no extremo leste do município, a prefeitura tomou a decisão de limitar o acesso para garantir a preservação do lugar. A partir de agora, apenas 60 veículos, 60 jipes e 60 motos têm permissão para acessar à região por dia.
“Eles argumentam que se trata de uma taxa de visitação do Parque, mas 99% das pessoas que acessam a estrada vão à praia de Castelhanos e não ao parque”. “Nossa preocupação é que os altos valores cobrados afugentem os turistas”.
Alternativa.Para o prefeito de Ilhabela, a solução está na concessão do parque para o município, que passaria a ter controle da estrada. “Se a Fundação tem dificuldade de administrar, a prefeitura pode fazer isso, eu me responsabilizo. Quero a municipalização da estrada”, enfatiza Colucci.
O prefeito não descarta a cobrança de um pedágio no caso de municipalização. “Acho justo cobrar o acesso, porque o custo para manter a estrada é alto, dá trabalho cuidar dos cascalhos, mas o valor deve ficar na média do que é cobrado pela Dutra e Carvalho Pinto, entre R$ 5 e R$8”.
Para o prefeito, a medida é, inclusive, inconstitucional.
“O que existe lá é uma Unidade de Conservação, não é um Parque, como podem cobrar esse valor desproporcional, é incoerente”, afirma. “Vou lutar contra essa cobrança, acredito que o governador Geraldo Alckmin não vai permitir esse abuso, mas se for preciso vou entrar na justiça para impedir essa cobrança”.
Estrada melhor aumentou fluxoApós a recuperação da estrada que dá acesso à praia de Castelhanos, em Ilhabela, ocorrida em 2013 -- uma parceria entre Estado e município, em que foram investidos R$ 4 milhões -- houve um aumento no fluxo de turistas à região. Antes, a condição precária da via era impedimento aos visitantes, pois o acesso só era possível com jipes.
ENTENDA O CASO
PolêmicaA Fundação Florestal, órgão estadual que administra o Parque Estadual de Ilhabela, quer criar uma cobrança para acesso à estrada de Castelhanos
Valores
Para os turistas, a taxa de R$ 80 para veículos, R$ 40 para motos e R$ 10 para pedestres
EstradaSão 17km de estrada de terra coberta com cascalhos
Valores
Para os turistas, a taxa de R$ 80 para veículos, R$ 40 para motos e R$ 10 para pedestres
EstradaSão 17km de estrada de terra coberta com cascalhos
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