Sabesp descarta colapso de abastecimento de água no Vale
Entre as 14 cidades que teriam sido afetadas segundo agência federal, apenas 2 se abastecem apenas com água do Paraíba
Xandu AlvesSão José dos Campos
Nenhuma cidade da Região Metropolitana do Vale do Paraíba registra desabastecimento de água em consequência da ‘guerra’ travada entre governo de São Paulo e órgãos federais, apoiados pelo Estado do Rio de Janeiro, segundo informou a Sabesp, que atende 24 dos 39 municípios da região, e operadoras municipais.
De acordo com estudo da ANA (Agência Nacional de Águas) e relatório do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que apontou ‘colapso no abastecimento de água de todas as cidades ao longo do rio Paraíba do Sul’, 14 municípios da região teriam o abastecimento comprometido por causa da decisão da Cesp (Companhia Enérgica de São Paulo) de reduzir a vazão na represa de Jaguari.
À revelia dos órgãos federais, a empresa, que é controlada pelo governo estadual, reduziu a vazão defluente na represa, em 2 de agosto, de 30 mil litros de água por segundo, como determinou o ONS, para 10 mil litros. A principal função da represa de Jaguari é controlar a vazão do rio Paraíba.
Das 14 cidades ‘afetadas’ pela medida, apenas duas tiram água apenas do rio Paraíba: Aparecida e Pinda. Outras quatro se abastecem do rio e de outras fontes (Caçapava, São José, Taubaté e Tremembé) e as demais não tiram água do Paraíba (Potim, Guará, Lorena, Canas, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Lavrinhas e Queluz).
O Estado sustenta a decisão de manter em 10 mil litros de água por segundo a vazão em Jaguari, mesmo sob ameaça de a Cesp ser multada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que criticou a medida.
Para o governo, o motivo da desobediência é “priorizar o abastecimento humano no período de escassez”.
No entanto, nenhuma cidade da região tira água do rio ou da represa de Jaguari. Com isso, o governo estadual não esclareceu se a razão de reduzir a vazão é formar uma reserva de água para ser usada no sistema Cantareira, que pode ser ligado à Jaguari, como quer o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Política. “Essa briga política não interessa a ninguém. Os dois lados perdem”, disse Tarcísio Silva, secretário do Ceivap (Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Paraíba), grupo que reúne representantes de São Paulo, Rio e Minas Gerais e assessora a ANA.
Silva relatou que representantes do Rio de Janeiro têm feito pressão no Ceivap e junto a órgãos federais para evitar mudanças na bacia do rio Paraíba do Sul, preocupados em preservar o abastecimento nas cidades fluminenses.
Por outro lado, os paulistas defendem as reduções de vazão para garantir que os reservatórios na região não sequem antes da estação das chuvas, como indica relatório do ONS e registros da ANA.
Represas do Vale podem secarRelatório do ONS aponta risco de seca nas represas da região se não houver acordo para a liberação de água no reservatório de Jaguari, entre São José e Jacareí. O volume útil nas quatro represas (Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil) caiu quase sete pontos percentuais entre 30 de junho e anteontem. A queda tem sido de 0,2 pontos percentuais ao dia.
Reunião pode definir vazão em JaguariA Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos informou que o titular da pasta, Mauro Arce, e o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, conversarão hoje sobre a vazão na usina elétrica de Jaguari. Além disso, Arce espera o agendamento de uma reunião com representantes do ONS, Aneel e dos Estados de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro para discutir o assunto.
Nenhuma cidade da Região Metropolitana do Vale do Paraíba registra desabastecimento de água em consequência da ‘guerra’ travada entre governo de São Paulo e órgãos federais, apoiados pelo Estado do Rio de Janeiro, segundo informou a Sabesp, que atende 24 dos 39 municípios da região, e operadoras municipais.
De acordo com estudo da ANA (Agência Nacional de Águas) e relatório do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que apontou ‘colapso no abastecimento de água de todas as cidades ao longo do rio Paraíba do Sul’, 14 municípios da região teriam o abastecimento comprometido por causa da decisão da Cesp (Companhia Enérgica de São Paulo) de reduzir a vazão na represa de Jaguari.
À revelia dos órgãos federais, a empresa, que é controlada pelo governo estadual, reduziu a vazão defluente na represa, em 2 de agosto, de 30 mil litros de água por segundo, como determinou o ONS, para 10 mil litros. A principal função da represa de Jaguari é controlar a vazão do rio Paraíba.
Das 14 cidades ‘afetadas’ pela medida, apenas duas tiram água apenas do rio Paraíba: Aparecida e Pinda. Outras quatro se abastecem do rio e de outras fontes (Caçapava, São José, Taubaté e Tremembé) e as demais não tiram água do Paraíba (Potim, Guará, Lorena, Canas, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Lavrinhas e Queluz).
O Estado sustenta a decisão de manter em 10 mil litros de água por segundo a vazão em Jaguari, mesmo sob ameaça de a Cesp ser multada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que criticou a medida.
Para o governo, o motivo da desobediência é “priorizar o abastecimento humano no período de escassez”.
No entanto, nenhuma cidade da região tira água do rio ou da represa de Jaguari. Com isso, o governo estadual não esclareceu se a razão de reduzir a vazão é formar uma reserva de água para ser usada no sistema Cantareira, que pode ser ligado à Jaguari, como quer o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Política. “Essa briga política não interessa a ninguém. Os dois lados perdem”, disse Tarcísio Silva, secretário do Ceivap (Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Paraíba), grupo que reúne representantes de São Paulo, Rio e Minas Gerais e assessora a ANA.
Silva relatou que representantes do Rio de Janeiro têm feito pressão no Ceivap e junto a órgãos federais para evitar mudanças na bacia do rio Paraíba do Sul, preocupados em preservar o abastecimento nas cidades fluminenses.
Por outro lado, os paulistas defendem as reduções de vazão para garantir que os reservatórios na região não sequem antes da estação das chuvas, como indica relatório do ONS e registros da ANA.
Represas do Vale podem secarRelatório do ONS aponta risco de seca nas represas da região se não houver acordo para a liberação de água no reservatório de Jaguari, entre São José e Jacareí. O volume útil nas quatro represas (Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil) caiu quase sete pontos percentuais entre 30 de junho e anteontem. A queda tem sido de 0,2 pontos percentuais ao dia.
Reunião pode definir vazão em JaguariA Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos informou que o titular da pasta, Mauro Arce, e o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, conversarão hoje sobre a vazão na usina elétrica de Jaguari. Além disso, Arce espera o agendamento de uma reunião com representantes do ONS, Aneel e dos Estados de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro para discutir o assunto.
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