Seminário debate criação de unidades de conservação
Entre elas, estão os parques nacionais Boqueirão da Onça (BA) e dos Campos Ferruginosos de Carajás (PA), Resex Baixo Rio Branco-Jauaperi (RR/AM) e RVS do Peixe Boi (PI/CE)
Brasília (17/02/17) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), do Ministério do Meio Ambiente, promoveram nesta sexta-feira (17), em Brasília, o Seminário sobre Criação de Novas Áreas Protegidas. O evento teve como objetivo discutir a criação de 36 novas unidades de conservação (UCs) federais ao longo do ano de 2017.
“Nós temos a grande responsabilidade de cuidar da gestão e implementação das áreas protegidas federais, que somam cerca de 9% do território nacional. A ideia do seminário é debater os principais desafios e necessidades para que possamos avançar”, afirmou Ricardo Soavinski, presidente do Instituto Chico Mendes.
Soavinki destacou a complexidade dos processos relacionados à criação de unidades de conservação, que incluem estudos, audiências públicas e articulações políticas, entre outras questões. “Temos um número grande de UCs, mas ainda há lacunas em alguns biomas, sobretudo no bioma Marinho Costeiro”, pontuou o presidente.
A apresentação das propostas de criação das 36 novas UCs foi feita pelo diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, Paulo Carneiro, que destacou alguns processos já em fase adiantada, como o do Parque Nacional do Boqueirão da Onça (BA), Parque Nacional dos Campos Ferruginosos de Carajás (PA), a Reserva Extrativista (Resex) Baixo Rio Branco-Jauaperi (RR/AM) e o Refúgio de Vida Silvestre (RVS) do Peixe Boi (PI/CE).
“É fundamental que todo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) seja fortalecido, para que aquelas áreas cujas características correspondem a unidades municipais ou estaduais possam ser criadas nesses âmbitos, sem a necessidade de inchar o sistema federal”, disse o diretor.
Segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas, José Pedro de Oliveira, os últimos anos foram tímidos no que diz respeito à criação de unidades de conservação. “Precisamos unir esforços em prol dessa retomada”, argumentou.
De acordo com diretor do Departamento de Conservação de Ecossistemas da SBF, Carlos Alberto Scaramuzza, para que isso aconteça é necessário desconstruir a visão de que criar uma área protegida é abrir mão daquele território. “A sociedade precisa começar a entender que as áreas protegidas cumprem diversas funções e trazem grandes benefícios”.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
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