quinta-feira, 8 de setembro de 2016

TRITURAÇÃO DE ENTULHO NA PREFEITURA DE SOROCABA SP

Prefeitura amplia trituração de entulho no Aterro de Inertes 


Área anexa também foi comprada para aumentar capacidade de armazenamento do depósito
As capacidades de trituração de entulho de construção e a de armazenamento no Aterro de Inertes estão aumentando na cidade. A Secretaria de Serviços Públicos (Serp) da Prefeitura de Sorocaba comprou uma nova máquina de moagem de entulhos para produção de bica corrida e, agora, opera com duas. O material é usado, sobretudo, na manutenção de estradas de terra do município. Além disso, o poder público desapropriou uma área de 153 mil m², anexa ao aterro, para aumentar a capacidade de armazenamento no local.
O novo triturador foi comprado por R$ 700 mil e tem capacidade para moer 80 toneladas de entulho por hora, o dobro da máquina antiga. “Com isso, triplicamos a produção de material para recuperação e manutenção dos 390 quilômetros de vias não pavimentadas na cidade”, explica o secretário de Serviços Públicos, Oduvaldo Denadai.
O volume da chamada bica corrida, utilizada pela Serp na recuperação de estradas de terra, é alto. Na época de chuva, costuma dobrar a quantidade usada para essa finalidade. “Com a nova máquina, o maior volume produzido permite que a Prefeitura economize na compra desse tipo de material”, destaca Denadai. A bica corrida também é aproveitada pela Prefeitura em aterros para a execução de pequenas obras.

Nova área e entulho

A Prefeitura também desapropriou uma nova área para o Aterro de Inertes em novembro do ano passado, por R$ 10 milhões, após tê-la declarado de utilidade pública. Atualmente, é feita a primeira etapa de terraplanagem do local. Com o novo espaço, o Aterro de Inertes passará a ter área total de 353 mil m². “Vamos ampliar a vida útil dele e garantir à Prefeitura um local adequado para depósito de entulho por mais vinte ou 25 anos”, destaca Oduvaldo. 
Em média, 2,4 mil toneladas de entulho chegam ao Aterro de Inertes de Sorocaba por dia, o que equivale à carga de 200 caminhões. Dessa quantidade, 1,8 mil toneladas são descarregadas por caminhões de empresas cadastradas ou pela população em geral e o restante, 600 toneladas, por parte da Prefeitura de Sorocaba. Nesse total, não está incluída a quantidade retirada dos Ecopontos da Prefeitura, que somam 14,4 mil toneladas por mês.
Todo o entulho passa por uma triagem feita pelas equipes das cooperativas Corent e União – parceiras da Prefeitura -, que separam o material que pode ser reaproveitado, como plásticos (média de 500 quilos por mês), papelão (98 t/mês), sucata (144 t/mês) e madeira (2,1 mil toneladas por mês), além do entulho que vai para britagem. O que não pode ser aproveitado é levado para o aterro sanitário de Iperó. A madeira é vendida para a empresa Eucatex.

Custo e multa

Desde novembro de 2014, com base no Decreto 21.508/14, o custo para deposição de entulho no Aterro de Inertes é de R$ 6,16 por m³ levado até o local. Porém, o munícipe pode utilizar do serviço gratuitamente, desde que a quantidade não ultrapasse 1 m³. “É o equivalente, mais ou menos, ao que cabe na caçamba de uma picape”, orienta o secretário da Serp. Por dia, em média, seis munícipes levam ao aterro uma quantidade semelhante a essa.
Segundo o secretário, embora Sorocaba disponha de um Aterro de Inertes, há muita gente que joga entulho irregularmente em terrenos espalhados pela cidade. “Só agrava o problema, pois é despesa que a Prefeitura tem para fazer a limpeza. Dinheiro que poderia ser investido de outra maneira.” “Não é toda cidade que tem uma área municipal específica para essa finalidade. É o local adequado para jogar entulho”, complementa Maria Angélica do Prado Kamara, diretora de área de resíduos da Serp.
A Área de Fiscalização da Secretaria da Fazenda (SEF) alerta que jogar entulho em terreno público é passível de multa no valor de R$ 300, conforme a Lei 8.614/2008, mais apreensão do veículo e cobrança pela remoção da sujeira.



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