RPPN na Serra da Mantiqueira é tema de encontro em Guaratinguetá
Seminário reuniu representantes de municípios e entidades da região, além da Federação das Reservas Ecológicas Particulares do Estado de São Paulo
Texto e fotos: Dirceu Rodrigues
O secretário Maurício Brusadin esteve, na terça-feira, 26/9, na abertura do Seminário sobre Reserva Particular de Patrimônio Natural na Serra da Mantiqueira, realizado no município de Guaratinguetá, onde foi recebido pelo prefeito Marcus Augustin Soliva. O evento foi coordenado pelo Grupo de Trabalho Serra da Mantiqueira (GT Mantiqueira), criado pela SMA em abril de 2015, com a atribuição de desenvolver estudos e propor ações de proteção, conservação e desenvolvimento sustentável na região.
Em sua fala, Brusadin lembrou que a Serra da Mantiqueira é um patrimônio natural para segurança hídrica e conservação da biodiversidade. “Nós compreendemos que a única forma de conseguir preservá-lo e, ao mesmo tempo, gerar desenvolvimento sustentável, renda e emprego é envolver todos os atores do processo”.
Prosseguiu dizendo que “não adianta mais aquela cultura do passado em que eu venho aqui, delimito uma área e a preservo no mapa sem envolver a sociedade. Há agora uma nova cultura. Esta que o Grupo de Trabalho tem feito e tem dado resultado, pois envolve todos os atores: entidades religiosas, ambientalistas, produtores e população, que olham para a Serra da Mantiqueira, a nossa produtora de águas, de forma carinhosa e a abraçam”.
O seminário contou com o apoio da Prefeitura de Guaratinguetá, da Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba (Assirvap), da APA Mantiqueira, da Federação das Reservas Ecológicas Particulares do Estado de São Paulo (Frepesp), da Fundação Florestal (FF), do Sindicato Rural de Cruzeiro/Lavrinhas e do Sindicato Rural de Guaratinguetá.
GT Mantiqueira
Desde sua criação, em abril de 2015, o Grupo de Trabalho Serra da Mantiqueira (GT Mantiqueira) agrega diversas instituições dos poderes federal, estadual e municipal, representantes de entidades da sociedade civil e de entidades do setor empresarial. Um dos principais desafios do GT é a preservação dos remanescentes de matas nativas, que abrigam espécies endêmicas e importantes nascentes sem, contudo, impedir o desenvolvimento econômico da região.
O Grupo avança na elaboração da política de proteção de áreas sem propor o tombamento ou criação de novas unidades de conservação públicas. A proposta é trazer a questão da conservação, envolvendo os produtores da região e valorizando o proprietário conservador, que deve manter suas Áreas de Proteção Permanente (APPs), suas Reservas Legais (RL) podendo, ainda, criar Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), proporcionando com isso a conectividade de fragmentos florestais, formando corredores de biodiversidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário